quinta-feira, 1 de outubro de 2009

The Doors - Origens (1965 - 1966)



As origens dos The Doors surgem de um encontro ao acaso entre dois estudantes da escola cinematográfica UCLA, Jim Morrison e Ray Manzarek, em Venice Beach, Califórnia em Julho de 1965.[6] Morrison disse então a Manzarek que andava a escrever canções e, a pedido de Manzarek, cantou "Moonlight Drive". Impressionado pelas letras de Morrison, Manzarek sugeriu que formassem uma banda.[7]

O teclista Ray Manzarek estava numa banda chamada Rick And The Ravens com o seu irmão Rick Manzarek,[8] enquanto Robby Krieger e John Densmore tocavam com os The Psychedelic Rangers[8] e conheciam Manzarek das aulas de yoga e meditação. Em agosto, Densmore juntou-se ao grupo e juntamente com os membros dos Ravens e o baixista Patty Sullivan, gravaram uma demo de seis canções em setembro de 1965. A demo foi bastante pirateada e acabou por surgir completa mais tarde, em 1997, na coletânea dos Doors.

Nesse mesmo mês o grupo recrutou o guitarrista Robby Krieger e o alinhamento final estava formado — Morrison, Manzarek, Krieger e Densmore. A banda retirou o seu nome do título de um livro de Aldous Huxley, "The Doors of Perception", que por seu turno havia sido 'emprestado' do verso de um poema do artista e poeta do século XIX, William Blake: "If the doors of perception were cleansed, every thing would appear to man as it is: infinite" (em pt: Se as portas da percepção fossem abertas, tudo apareceria como realmente é: infinito). [9]

Os Doors não tinham uma formação comum à maioria dos grupos rock porque não possuíam qualquer baixo quando actuavam ao vivo. Deste modo, Manzarek tocava as secções de baixo com a sua mão esquerda no recentemente inventado Fender Rhodes bass keyboard, uma variação do conhecido piano eléctrico Fender Rhodes, enquanto tocava as partes de teclado com a sua mão direita. Já nos álbuns de estúdio, os Doors usaram diversos baixistas, tais como Jerry Scheff, Doug Lubahn, Harvey Brooks, Kerry Magness, Lonnie Mack, Larry Knechtel, Leroy Vinegar e Ray Neapolitan.

Muitas das canções originais dos Doors eram compostas pelo grupo, com Morrison ou Krieger a contribuirem com a letra e melodia inicial, e os restantes com as sugestões rítmicas e harmónicas ou até secções inteiras (por exemplo, a introdução de Manzarek em "Light My Fire").

Em 1966, o grupo tocava no clube The London Fog, tendo pouco tempo depois passado para o Whisky a Go Go.[10] A 10 de agosto, foram vistos pelo presidente da Elektra Records, Jac Holzman, que se encontrava presente a recomendação do vocalista dos Love, Arthur Lee, que estava ligado à Elektra. Após Holzman e o produtor Paul A. Rothchild verem duas performances da banda no Whisky a Go Go, os Doors assinaram contrato com a Elektra Records a 18 de agosto,[6] tendo marcado aí o início da longa e bem sucedida parceria com Rothchild e o engenheiro de som Bruce Botnick.

A hora foi fortuita, pois a 21 de agosto o clube despediu a banda após tocarem a canção "The End". Num incidente que serviu de presságio para a polémica que seguiria o grupo, um Morrison pedrado recitou a sua própria interpretação do drama grego "Oedipus Rex" no qual o protagonista Oedipus mata o seu pai e faz sexo com a sua mãe. A versão de Morrison consistia em "Father? Yes son? I want to kill you. Mother? I want to fuck you" (em pt: Pai? Sim filho? Eu quero matar-te. Mãe? Eu quero foder-te).[4]

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